Quarta-feira, 4 Junho, 2025
Google search engine
InícioOpiniãoOpiniãoDireito à indignação

Direito à indignação

Duas semanas é tempo suficiente para deixar assentar as cinzas do fogo de uma noite eleitoral, que se terá revelado surpreendente (ou talvez não) para muitos.

Seria agora um bom tempo para tecer conjeturas, depois de tanta leitura e análise se ver, ouvir e ler por aí, mas dessa noite eleitoral retenho a imagem de um mapa do distrito da Guarda.

Como uma ilha, um pequeno concelho – Manteigas, destacava-se no mar laranja do distrito.

Recordei-me de outros momentos, de outras eleições e de um histórico que aponta Manteigas como um concelho que tradicionalmente dá vitórias ao PS, ao longo deste meio século de eleições.

A história diz-me que também muitas vezes o concelho votou para as autárquicas em contraciclo político. Veja-se a alternância ocorrida entre PS e PSD nos 4 últimos atos eleitorais, quebrados pela eleição de um independente nas últimas, depois de longos mandatos exercidos pelos partidos tradicionais.

Assim, para mim essa não foi a surpresa da noite.

Surpresa já a vivera bem antes quando, localmente, o meu partido (PS) anunciou a candidatura de alguém, há muitas décadas militante do PSD e seu atual vereador, à cadeira maior do município de Manteigas.

A história, sempre a história levou-me a outras eleições e a outros debates políticos autárquicos e indignei-me, pois não consigo esquecer o passado, ainda que Deus me mande perdoar.

Em política, costumo dizer que não vale tudo! 

Há muito que não sou eleitor em Manteigas, apesar de,politicamente e não só, tudo o que aí se passa me interessar.

Porque haverá sempre algo que me liga à terra, aí continuarei a militar, com quotas pagas, no meu partido, ainda que com a indignação a que todos temos direito.

Artigos Relacionados
- Advertisment -
Google search engine

Artigos mais populares