Quarta-feira, 16 Julho, 2025
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Autarca da Guarda considera que a solução não deve passar pelo transporte dos utentes para a cidade porque fica aberto o caminho para o encerramento das extensões de saúde

Numa reacção ao comunicado conjunto da Câmara da Guarda e de nove juntas de freguesia que reivindicam a reabertura das Extensões de Saúde, o conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, Rita Figueiredo, criticou o presidente da autarquia, Sérgio Costa, por ter rejeitado a sugestão de ser feita uma parceria de transporte dos utentes para a unidade de saúde mais próxima, quando se verificasse algum constrangimento.

Ontem, no final da reunião, o jornal “Todas as Beiras” questionou o autarca sobre essa solução, tendo respondido que já tinha transmitido à administração da ULS que a Câmara da Guarda já tem um transporte flexível em funcionamento, que futuramente abrangerá todo o concelho. Na sua opinião, a solução não deve passar por «tirar as pessoas das aldeias e transportá-las para a cidade» «Isso pode ser o caminho do querer encerrar todas as extensões de saúde do concelho para vir tudo para a cidade». «Eu irei sempre contrariar isso. Isso é que é coesão territorial? Isso não é solução nem aqui nem na China», considera Sérgio Costa, recordando que se trata de «gente muito idosa, cuja mobilidade já lhes custa».

De recordar que no comunicado dos autarcas, que o TB publicou na manhã de Segunda-feira, a Câmara da Guarda e as juntas de freguesia da Castanheira, Cavadoude, Porto da Carne, Pousade-Albardo, Vila Fernando, Vila Garcia, Rochoso-Monte Margarida, Vila Cortês do Mondego e Sobral da Serra mostraram-se preocupadas com o encerramento de várias Extensões de Saúde no concelho.

Consideram que «o encerramento das Extensões de Saúde nas freguesias do Porto da Carne e Rochoso-Monte Margarida, e a degradação dos serviços em Vila Fernando e Castanheira, representam, segundo os autarcas, um grave retrocesso na garantia de um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa: o acesso à saúde».

Instado pelo jornal “Todas as Beiras” a pronunciar-se sobre as exigências e as críticas feitas pelos autarcas, a administração respondeu que «compreende a intenção do comunicado e o tempo político escolhido para o fazer», acrescentando que «não é política, nem pretensão» do conselho de administração da ULS «proceder a qualquer encerramento de quaisquer serviços de saúde». «Nunca será possível atender a todas as pretensões – priorizaremos sempre dar acesso de saúde ao maior número de utentes que for possível. Ainda assim manteremos se exequível, sob as mais diversas soluções, mesmo os serviços com menor população para atendimento», salienta.

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