O projecto-base da “Casa das Artes”, previsto para o edifício que já foi teatro e garagem e que, no início de Maio, ruiu parcialmente, foi divulgado Quinta-feira, ao final da tarde, no decorrer da sessão de apresentação da “Agenda Estratégica 2040” para o concelho da Guarda. De recordar que esse edifício, situado na Rua Augusto Gil, foi adquirido pelo Município da Guarda em Outubro de 2022, pelo valor de 225 mil euros. O arquitecto Joaquim Carreira é o autor do projecto apresentado ontem no salão nobre do Município da Guarda, que prevê um auditório no rés-do-chão e nos restantes pisos haverá várias salas de formação, ateliers e uma galeria/exposição.
Na Quinta-feira foi também dado a conhecer o projecto para o “Museu dos Sabores”, da autoria da empresa “Palma Arquitectos”, previsto para os edifícios da “Praça Velha”, que estão em ruína e que foram adquiridos pela autarquia. Por seu lado, o arquitecto Gonçalo Byrne apresentou um estudo de revitalização da antiga judiaria da Guarda, que contempla, por exemplo, o Centro de Interpretação das Judiarias de Portugal, o Centro de documentação e o Espaço Pedagógico.
Todos os projectos estão integrados no Plano de Revitalização do Centro Histórico da Guarda, divulgado no dia 1 de Maio pelo município, que prevê investimentos na ordem dos 9,4 milhões de euros, ao qual acresce a construção de 62 novos fogos habitacionais.
O Plano, que contempla investimento público e privado, assenta no lema de que o Centro Histórico deve ser um lugar vivido, respeitado e habitado.
Na apresentação do documento, que teve lugar na sede da APAL – Águas Públicas em Altitude, no coração do Centro Histórico da Guarda, o autarca afirmou que os novos investimentos previstos para aquela zona, como a Casa das Artes, o Centro Interpretativo das Judiarias de Portugal, o Museu dos Sabores e a instalação do órgão da Sé, vão servir de âncoras à atractividade e à fixação de pessoas.
Esta tarde, questionado pelo jornal “Todas as Beiras” sobre qual a previsão para a conclusão das obras do plano, o presidente da Câmara da da Guarda, Sérgio da Guarda, respondeu que, por exemplo, em relação aos 62 fogos no centro histórico, «os projectos estão quase pronto e dentro em breve serão lançados os concurso, até porque nós conseguimos um financiamento de 7,7 milhões de euros do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] só para esse caso». Quanto ao Museu dos Sabores, «o projecto já foi aprovado em reunião de câmara e está a ser finalizada a revisão do projecto, nos termos da lei, para depois abrirmos o concurso público». «Sobre a Casa das Artes, estamos a elaborar o estudo prévio certo para encontrarmos a solução – e a solução que foi apresentada agradou muito – e depois passaremos para o projecto de execução e candidataremos a obra», acrescentou o autarca.
Quanto à zona da judiaria da Guarda, Sérgio disse que é necessário «continuar o trabalho» desenvolvido pelo arquitecto Gonçalo Byrne mas aquilo que se perspectiva e que é perfeitamente exequível – até pelo facto do Município já ter feito o pior que foi adquirir os imóveis». «No caso da habitação, daqui a cerca de um ano terá que estar concluída mas os restantes equipamentos que estão previstos no Quadro Comunitário 20-30, nos próximos quatro anos vão ter que estar concluídos e é possível fazer porque nós temos maturidade nos projetos», realçou o autarca.





