Segunda-feira, 14 Julho, 2025
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Administração da ULS da Guarda assegura que «não é política, nem pretensão deste CA proceder a qualquer encerramento de quaisquer serviços de saúde»

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda já reagiu ao comunicado conjunto da Câmara Municipal da Guarda e de diversas juntas de freguesia que reivindicam a reabertura das Extensões de Saúde nas freguesias do Porto da Carne e Rochoso-Monte Margarida e a melhoria dos serviços em Vila Fernando e Castanheira e exigem uma resposta urgente por parte do Ministério da Saúde, da Direcção-Geral da Saúde e da Unidade Local de Saúde da Guarda.

Instado pelo jornal “Todas as Beiras” a pronunciar-se sobre as exigências e as críticas feitas pelos autarcas, o CA respondeu que «compreende a intenção do comunicado e o tempo político escolhido para o fazer». «Como sempre, será dada a melhor atenção ao mesmo, como é nosso apanágio junto dos edis da área de influência da ULS», asseguram os dirigentes.

«Não é política, nem pretensão deste CA proceder a qualquer encerramento de quaisquer serviços de saúde», esclarece a administração, assegurando que tem «conseguido aumentar o número e eficiência nos cuidados de saúde primários». «Nunca será possível atender a todas as pretensões – priorizaremos sempre dar acesso de saúde ao maior número de utentes que for possível. Ainda assim manteremos se exequível, sob as mais diversas soluções, mesmo os serviços com menor população para atendimento», salienta.

Esclarece ainda que, «em reunião com o Sr. Presidente da Câmara da Guarda, o CA sugeriu que caso se verificasse algum constrangimento relativamente a alguma extensão, poderia ser feita uma parceria de transporte dos utentes para a unidade de saúde mais próxima, de modo que o acesso e mobilidade dos utentes não fosse posta em causa». Uma proposta que, acrescenta administração, foi «refutada pelo Sr. Presidente da Câmara, talvez pela falta de percepção sobre a escassez de médicos em todo território, com particular incidência no Interior, fruto da excelente cobertura de médico de família que tem a Guarda, situação pouco comum a nível nacional, mas que se verifica na capital de distrito, com uma taxa de cobertura de cerca de 97% de médico de família à população».

De recordar que no comunicado dos autarcas, que o TB publicou esta manhã, a Câmara da Guarda e as juntas de freguesia da Castanheira, Cavadoude, Porto da Carne, Pousade-Albardo, Vila Fernando, Vila Garcia, Rochoso-Monte Margarida, Vila Cortês do Mondego e Sobral da Serra mostraram-se preocupadas com o encerramento de várias Extensões de Saúde no concelho.

informam que «esta tomada de posição conjunta», que foi «formalmente apresentada em ofício dirigido à presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda», Rita Figueiredo, «é motivada pelo legítimo apelo das populações que, diariamente, enfrentam dificuldades reais no acesso a cuidados de saúde, num território vasto, marcado por uma população envelhecida, recursos limitados e mobilidade reduzida».

Consideram que «o encerramento das Extensões de Saúde nas freguesias do Porto da Carne e Rochoso-Monte Margarida, e a degradação dos serviços em Vila Fernando e Castanheira, representam, segundo os autarcas, um grave retrocesso na garantia de um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa: o acesso à saúde».

«Não pedimos mais do que aquilo que nos é devido. O acesso à saúde é um direito e não pode ser negado às populações do Interior», afirma o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, citado no comunicado.

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