Terça-feira, 29 Abril, 2025
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MoveBeiras saúda reabertura do troço Celorico da Beira-Mangualde mas lamenta atrasos na reabertura da totalidade traçado

A associação Move Beiras saudou hoje a reabertura de mais um lanço da Linha da Beira Alta, desta vez entre Celorico da Beira e Mangualde, mas lamentando que ainda não esteja ainda reaberta a totalidade do traçado encerrado há três anos.
Em comunicado, alerta para a escassez da oferta ferroviária nos troços já repostos, sublinhando que duas paragens renovadas – Baraçal e Gouveia – ficaram excluídas. A MoveBeiras manifestou a esperança de que “a reabertura total possa acontecer a tempo do Verão” e que “as intervenções ainda pendentes devem ser concluídas sem prejudicar o regresso total dos comboios, tanto de mercadorias como de passageiros”. A associação teme que “mais um atraso possa deixar a Guarda definitivamente apeada perante os avanços [ferroviários] em Salamanca”.
A MoveBeiras refere ainda que “é com alguma preocupação” que “olha para a oferta ferroviária que vai sendo reposta, constituída apenas por dois comboios regionais diários por sentido entre Vilar Formoso e Mangualde e que deixam de fora duas paragens renovadas: Baraçal e Gouveia”. “Também a ligação vespertina desde Vilar Formoso fica prejudicada com o ajuste horário que permite ao comboio chegar a Mangualde, mas que aumenta a distância temporal sobre carris para Lisboa, dado que os tempos de transbordo aumentaram substancialmente, tornando ainda menos apelativo o já muito enfraquecido eixo Guarda – Vilar Formoso”, salienta a associação.
No comunicado, aquela entidade informa ainda que “aguarda com expectativa a apresentação da oferta definitiva e da estratégia de captação de passageiros que será definida pela tutela”. Para a associação, “repor só os comboios que existiam e acenar com o Passe Ferroviário Verde (uma medida que a MoveBeiras aplaude) não é suficiente para um território que ficou privado do comboio o quádruplo do tempo inicialmente previsto”.
A MoveBeiras defende que “é preciso mais ambição” e uma oferta coesa, ao serviço das necessidades da região, articulada com as linhas do Norte e da Beira Baixa”, bem como novos destinos para Figueira da Foz, Porto e, quando for possível em termos de interoperabilidade, Salamanca.
Para a associação, este é o momento para “revolucionar a oferta das linhas da Beira Alta e Beira Baixa” para “melhorar e não tirar serviços às populações”.
“É com este sentimento de esperança que a Move Beiras aguarda com expectativa a conclusão de todos os trabalhos na Linha da Beira Alta”, refere, realçando que “uma via operacional sem qualquer tipo de condicionantes, permitirá também que o passeio anual possa rumar a Norte, com a expectativa de trazer a bordo a população que ficou privada do comboio demasiado tempo”.
A Associação Move Beiras, com sede na Benespera, foi criada com o intuito de valorizar os territórios servidos pelas Linhas da Beira Alta e Beira Baixa, através da utilização do comboio.

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