José Tolentino de Mendonça vence Prémio Eduardo Lourenço 2025

0
9

José Tolentino de Mendonça é o vencedor da 21.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço, anunciou esta Sexta-feira o Centro de Estudos Ibéricos (CEl), com sede na Guarda.
O Júri reconheceu “o perfil do intelectual, do humanista e do poeta que marca inequivocamente a cultura portuguesa contemporânea”, bem como reconheceu “o pensador ecuménico e do diálogo que, com a sua obra, nos ensina que a fronteira é um mistério de encontro”. “Na ocasião dos 25 anos do Centro de Estudos Ibéricos, o Prémio Eduardo Lourenço 2025 distingue, na personalidade de José Tolentino de Mendonça, o valor da Educação e da Palavra como fontes de inspiração para fortalecer laços que cruzam todas as fronteiras e dos quais o diálogo ibérico tem sido exemplo”, adianta o CEI.
Este prémio, com um valor pecuniário de 7.500 euros, destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.
O prémio foi atribuído pelo júri constituído pelos membros da direcção do CEI (presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa; vice-reitores das Universidades de Coimbra [UC] e de Salamanca, Delfim Leão e Matilde Olarte; Manuel Santos Rosa e Luís Umbelino, da UC, Antonio Notario e María Isabel Martín Jiménez, da USAL) e pelas seguintes personalidades convidadas: António Apolinário Lourenço e Désirée Pedro indicadas pela Universidade de Coimbra e Juán Andrés Blanco e María Teresa Conesa, indicadas pela Universidade de Salamanca.
O galardão com o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, falecido no dia 1 de Dezembro de 2020, com 97 anos, que foi mentor e director honorífico do CEl, já distinguiu várias personalidades de relevo de Portugal e de Espanha.
Receberam o Prémio Eduardo Lourenço a professora catedrática Maria Helena da Rocha Pereira, o jornalista Agustín Remesal, a pianista Maria João Pires, o poeta Angel Campos Pámpano, o professor catedrático de direito penal Jorge Figueiredo Dias, os escritores César António Molina, Mia Couto, Agustina Bessa Luís, Luís Sepúlveda e Basilio Lousada Castro, o teólogo José María Martín Patino, os professores e investigadores Jerónimo Pizarro, Antonio Saez Delgado, Carlos Reis e Ángel Marcos de Dios, o jornalista e escritor Fernando Paulouro das Neves, a Fundação José Saramago, Valentín Cabero, Lídia Jorge e Isabel Solero.
O CEl é uma associação transfronteiriça criada a partir de um desafio lançado pelo ensaísta Eduardo Lourenço (1923 -2020), natural de São Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, na sessão solene comemorativa do Oitavo Centenário do Foral da Guarda, em 1999.
Surgiu em resultado de uma parceria que envolveu inicialmente a Câmara Municipal da Guarda e as Universidades de Coimbra e de Salamanca (Espanha) e, mais tarde, o Instituto Politécnico da Guarda.