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Comemorações dos 150 anos dos Bombeiros da Guarda começam em Agosto e prolongam-se durante um ano

Foi apresentada esta tarde a Comissão de Honra, Comissão Executiva e parceiros das comemorações dos 150 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses (AHBVE). Para além disso, foi dada a conhecer o logotipo das comemorações bem como algumas das iniciativas previstas, que vão decorrer durante um ano a partir do próximo dia 5 de Agosto.
Conta Álvaro Guerreiro, ex-presidente da direcção da AHBVE, no seu livro “Apontamentos para a História dos Bombeiros Voluntários da Guarda e dos seus Quartéis-Sede”, que o surgimento da Associação Humanitária remonta a 1856, quando, em resposta a um convite de Gerardo José Batoréu, um grupo de distintos cidadãos reuniram na sua casa e decidiram formar uma companhia de bombeiros voluntários com o fim de extinguir qualquer incêndio que se manifestasse na cidade. O padre José António Rebello viria a ser escolhido para primeiro presidente da direcção instaladora, cargo que apenas desempenhou por três dias, tendo sido substituído por Francisco da Silva Ribeiro, engenheiro e director das Obras Públicas.
Os estatutos da AHBVE foram aprovados pelo governador Civil, em 7 de Abril de 1877, tendo, a 17 de Junho, sido eleitos os elementos que viriam a constituir os órgãos directivos. O primeiro presidente foi Francisco António Patrício. Em 10 de Fevereiro de 1878, a jovem Associação Humanitária recebia a notícia de que a Câmara Municipal da Guarda tinha deliberado ceder à Associação o edifício denominado Igreja do Mercado, situada nas traseiras das arcadas da Praça Velha, que durante os últimos anos serviu de garagem de automóveis. O edifício viria a ser adaptado para arrecadação do carro-bomba comprado, em 1878, com verbas obtidas por subscrição pública. Em 26 de Janeiro de 1879, cerca de dois anos e meio depois da sua fundação, a Associação Humanitária passou a ocupar o primeiro edifício sua propriedade.
Álvaro Guerreiro escreve no seu livro que um passo importante foi dado em 5 de Fevereiro de 1883, quando a direcção aprovou a construção de um teatro na antiga Igreja do Mercado e Largo contínuo.
Um ano depois, em 11 de Março de 1884, foi decidido dar início aos trabalhos. O teatro foi inaugurado em 14 de Agosto de 1886, tendo sido apresentada a peça «Os fidalgos da Casa Mourisca». Em Abril, a direcção confrontou-se com a necessidade de retirar as bombas e demais material. Começou então a procura de um novo espaço. Em 1896, o bispo cedeu gratuitamente as casas velhas, que serviam de concheiras, que se situavam em frente do então Paço Episcopal, hoje Paço da Cultura.
Em consequência da proclamação da República, as casas pertencentes à Igreja, passaram para a propriedade do Estado, pelo que foi a Câmara a decidir a sua venda. Adquiridas as casas, faltava então construir a sede da Associação. Mas não havia dinheiro.
Outro dado importante que é referido no livro é o facto de, em 1918, a direcção empossada em 2 de Fevereiro, depois de ter tomado posse nunca mais ter reunido, dissolvendo-se então a Associação. E só cerca de um ano depois, a situação se alterou. Foi a 5 de Maio de 1919, numa dependência do Governo Civil, que viriam a tomar posse os elementos da comissão administrativa encarregada de revitalizar a associação. Em 7 de Junho de 1919, foi constituída uma comissão promotora da reorganização dos bombeiros e que também tinha em vista lutar pela construção de um novo quartel. O que viria a ser uma realidade. A nova casa foi finalmente construída na Rua Alves Roçadas, em frente ao actual Paço da Cultura E os bombeiros aí ficaram entre 1931 e 1978.
Em Março de 1949, conta Álvaro Guerreiro, o quartel voltou a ser assunto dominante, uma vez que o que tinham já era exíguo. Ainda chegou a ser elaborado um ante-projecto para o local onde hoje está a Câmara da Guarda, mas viria a ser substituído pelo que serviu de base do então quartel da Avenida dos Bombeiros Voluntários.
O ante-projecto do novo quartel foi concluído a 10 de Maio de 1973 mas .só em 23 de Outubro de 1976 foi adjudicada a construção do novo quartel. A inauguração da nova casa, que custou pouco mais de dez mil contos (cerca de 50 mil euros), incluindo o mobiliário, ocorreu a 5 de Agosto de 1978. Mas rapidamente o edifício se tornou exíguo.
Aquando do 125º aniversário da corporação, para satisfação dos bombeiros, foi assinado o protocolo para a construção do novo quartel sede, entre a Câmara da Guarda, a então Sociedade Polis e Associação Humanitária. A nova casa viria a ser inaugurada em Agosto de 2003.

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