O historiador de arte Carlos Caetano defendeu na tarde de Domingo, durante uma visita ao cemitério velho da Guarda, que “há jazigos abandonados que deviam ser tratados pela Câmara porque são património da cidade”. Foi durante uma visita ao cemitério velho que da Guarda. “O cemitério da Guarda é um museu autêntico e perpassa por aqui a história, a sensibilidade, a mentalidade, a estética, a arte e a piedade das pessoas que puseram aqui aquilo que não eram capazes de pôr na casa delas”, evidenciou, no decorrer da visita que orientou, integrada no “Il Ciclo de Percursos. Para Ir, Ver e Sentir”, organizada pelo Museu da Guarda.
Carlos Caetano abordou o tema dos cemitérios, desde a sua origem até aos nossos dias, tendo realçado a importância no contexto urbanístico, social e cultural do século XIX para a cidade. Durante a visita, o historiador de arte centrou-se num conjunto de jazigos de família, que sobressaem pela sua arquitectura, relacionando-os com a sociedade da época.
O mausoléu, em forma de pirâmide, do médico Francisco Sobral, que ficou conhecido como o médico dos pobres, e o jazigo do poeta Augusto Gil, autor da conhecida “Balada da Neve”, foram alguns dos espaços abordados pormenorizadamente pelo historiador.