Guarda é um dos distritos com menos testes do pezinho realizados nos primeiros três meses deste ano. De acordo com os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, foram estudados 164 bebés. Bragança (124) e Portalegre (143) foram os outros distritos com menos testes realizados. O maior número de bebés rastreados nasceram nos distritos de Lisboa e do Porto, com 6.430 e 3.567 testes efectuados, respectivamente, seguidos de Setúbal, com 1.640, e Braga, com 1.522.
No total do país, no primeiro trimestre de 2025 foram estudados 20.782 recém-nascidos no âmbito do PNRN. Comparando com igual período do ano passado, realizaram-se mais 207 “testes do pezinho” (20.575).
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efectuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.