Quinta-feira, 12 Junho, 2025
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Vereadora do PS critica a colocação de esplanadas na “Praça Velha” mas o presidente da Câmara da Guarda argumenta que «mais vale ter estes espaços para criar dinâmica e revitalizar o centro histórico do que não ter nada»

A vereadora do PS na Câmara da Guarda, Adelaide Campos, insistiu na última reunião da autarquia, na crítica ao executivo municipal, liderado por Sérgio Costa (movimento “Pela Guarda”), pelos atrasos na requalificação dos edifícios da Praça Luís de Camões (já adquiridos pela autarquia) , mais conhecida por “Praça Velha”. Criticou também a colocação das quatro esplanadas naquela zona, que, como tinha dito dito na anterior reunião, «não têm as condições mínimas de dignidade e de segurança para os cidadãos» e que, salientou, «dá uma imagem tão terceiro-mundista, tão desgraçada da cidade, que não é minimamente aceitável».

Nas declarações prestadas aos jornalistas no final da reunião do executivo municipal da passada Segunda-feira, Adelaide Campos afirmou que, tendo em conta a situação em que se encontra a zona mais antiga da cidade, «a Guarda e o seu centro histórico devem constituir neste momento o pior centro histórico e a pior praça central deste país». «Parece-me que há pouca exigência por parte da Câmara ou do senhor presidente em investir naquilo que pode não dar votos mas que dará seguramente outra forma de ver a Guarda e acabará por trazer mais pessoas», sustentou.

Confrontado com estas críticas, Sérgio Costa argumentou que «mais vale ter estes espaços [esplanadas] para criar dinâmica e revitalizar o centro histórico do que não ter nada. Pior era o que acontecia há alguns anos em que nada havia durante o Verão na Praça Velha, estava às moscas». Em declarações aos jornalistas, o autarca informou que tinha explicado à vereadora que, «no futuro, o Museu dos Sabores, que é uma obra orçada em cerca de dois milhões de euros [para requalificar as três casas daquela zona, que são propriedade da autarquia], as coisas já serão diferentes». «Por isso, enquanto a obra não está pronta, temos que criar as condições mínimas para que possa ser feita esta dinâmica, esta atracção de pessoas para a “Praça Velha”», sustentou. Recordou que há poucos meses foi aprovado na Câmara um projecto de cerca de dois milhões de euros para o Museu dos Sabores» e, «nos termos da lei, tendo em conta os seus montantes, está sujeito a revisão do projeto, que está praticamente finalizada». «Assim que estiver finalizada, virá à reunião de Câmara para ser lançado o procedimento e para avançar com a candidatura, para mais tarde se adjudicar a obra quando houver dinheiro para tal», adiantou o autarca.

Cinco anos depois, a área do Mercado Municipal que ardeu continua por abrir

Mas as críticas ao executivo municipal por parte da socialista Adelaide Campos também tiveram a ver com o facto de, passados cinco anos após o incêndio numa das zonas do Mercado Municipal, aquela área ainda continuar encerrada. «Segundo informação do senhor presidente, as obras estão terminadas e falta arranjar uns pontos de eletricidade ou qualquer coisa do género mas para o PS isto não é mais do que um protelar para [a abertura do espaço] cair em cima das eleições autárquicas», afirmou convictamente a socialista. Sobre esta questão, Sérgio Costa respondeu que, segundo informação dos técnicos, «estão à espera da ligação da energia por parte da EDP».

Verba para os expositores da Feira Farta mantém-se nos 35 euros

Outra das críticas da socialista Adelaide Campos tem a ver com a verba que vai ser dada a cada um dos expositores da próxima Feira Farta. «Há dois anos, era pago aos expositores 70 euros. O ano passado, na sequência da não aprovação do orçamento, como foi alegado pelo senhor presidente, os participantes iam passar a receber 35 euros. E este ano, com o orçamento aprovado, vão continuar a receber na mesma 35 euros», afirmou a vereadora, considerando que «não se pode usar um argumento para baixar o valor e no ano seguinte este argumento já não servir para repor o valor que era praticado anteriormente». «Isto, politicamente, é profundamente desonesto e o PS não pode, em nenhuma circunstância, aceitar ser “crucificado” por um gesto de aprovação ou não aprovação de um orçamento e que, no ano a seguir, as coisas revertam e os factos continuam a ser os mesmos», lamentou a vereadora.

«Estamos a chegar ao tempo da pré-campanha eleitoral e parece que tudo vale», reagiu o autarca às acusações da eleita do PS, tendo aproveitado para «relembrar quem votou contra os empréstimos para fazer investimentos na cidade e nas aldeias». «Infelizmente, às vezes parece que gostam de passar uma borracha mas as pessoas não têm a memória curta».

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