João Prata, actual presidente da Junta de Freguesia da Guarda e candidato pelo PSD à presidência do município, nega que tenha sido convidado para integrar a lista de Sérgio Costa (movimento “Pela Guarda”) em segundo lugar. Nas primeiras declarações públicas sobre a sua candidatura, o pretendente à cadeira maior do município assegura que está preparado para devolver a auto-estima à Guarda e pretende dialogar para decidir e agir, e não tratar dos assuntos no gabinete convencido que é o dono da verdade.
«Eu sou militante do PSD, acima de tudo sou um amigo da Guarda e quero servir a Guarda e sirvo a Guarda a partir de um projecto que construirei com base no PSD, seguramente, mas essencialmente com base na sociedade civil, englobando cidadãos, instituições e partidos políticos», referiu, assegurando que «nunca» a questão de integrar a lista do actual autarca «esteve em cima da mesa».
O candidato recorda que é «militante do PSD assumidamente» e, portanto, «não fazia nenhum sentido esse tipo de proposta». Diz mesmo que não acredita que «tenha havido esse tipo de proposta». «Nunca me foi proposta essa questão mas obviamente a minha resposta seria negativa», garante. E informou que foi «há pouco mais de duas semanas» que o partido lhe fez o convite para ser candidato à Câmara.
Também Rui Ventura, líder da distrital do PSD, rejeita que tenha havido «qualquer tipo de aproximação». «Aquilo que as redes sociais vão dizendo e aquilo que é o alimentar e o distorcer aquilo que é verdade, isso foi o que fomos verificando, mas o PSD esteve sempre concentrado naquilo que era o seu objetivo principal, que é ganhar a Câmara Municipal da Guarda, devolver aos guardenses aquilo que é a dinâmica que a Guarda merece», respondeu o dirigente distrital aos jornalistas, adiantando que, nesse sentido, os social-democratas «só podiam estar focados não na actual governação mas sim naquilo que era uma nova governação». «Focados nesse objectivo», a distrital, a concelhia e a nacional «conversaram e chegaram ao nome de João Prata», acrescentou.
«O futuro da Guarda não passava por apoiar o actual presidente da Câmara municipal, com todo o respeito que tenho pelas pessoas, mas o que está em causa são projectos políticos e, portanto, o nosso foco foi sempre ter uma alternativa àquilo que era a governação actual da Guarda e, portanto, esta alternativa está aqui. É uma alternativa credível, abrangente, com experiência», esclareceu Rui Ventura.
O primeiro compromisso é apostar na requalificação do Centro Histórico da Guarda

Na sua primeira declaração pública de candidatura, João Prata explicou que a escolha da Praça Luís de Camões, considerada a sala de visitas da Guarda, teve o propósito de evidenciar o seu «primeiro compromisso» que será apostar na requalificação do coração do centro histórico. «Nos próximos quatro anos vamos requalificar, vamos regenerar, vamos restaurar a nossa praça e com ela a nossa zona histórica», referiu, adiantando que a nova imagem que se pretende para aquela zona será definida em «associação com as instituições públicas, como a CIM [Comunidade Intermunicipal], com os comerciantes e escutando os cidadãos».
No discurso, João Prata afirma que «o diálogo com o Estado, com as Instituições e naturalmente com o Governo será fundamental» para realizar o seu trabalho «em prol da Guarda». «Esse é o nosso propósito: dialogar para decidir e agir. E não no gabinete a pensar que sou o dono da verdade», deixa desde já claro o pretendente à cadeira maior da autarquia, actualmente ocupada por Sérgio Costa. E assegura que será ele «a contar com as Juntas de Freguesia, com a equipa de todos quantos trabalham na Câmara Municipal, com as instituições e com as empresas» para, «em conjunto», fazer «a Guarda do futuro».
