Quarta-feira, 30 Julho, 2025
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Exposição patente no Museu da Guarda presta homenagem ao escultor e pintor Jerónimo Brigas

Foi inaugurada esta tarde no Museu da Guarda a exposição “Evocativa de Jerónimo Brigas”, que pretende não apenas traçar o seu percurso artístico, mas «também homenagear a sua personalidade criativa e generosa, fraterna e humana», como é referido no folheto que acompanha a mostra, no qual é evidenciado que «deixou uma marca indelével tanto na história cultural como na memória colectiva da comunidade» guardense.

«Autodidacta, escultor e pintor de espirito inquieto e viajado, Brigas iniciou-se no mundo do trabalho desde muito jovem, após ter frequentado – sem concluir – o curso de Eletromecânica na Escola Industrial e Comercial da Guarda», recorda o Museu da Guarda, acrescentando que «o contacto com materiais como a madeira, a pedra e o ferro foi determinante para a sua afirmação enquanto artista empírico, cuja prática se consolidou numa relação intima com a matéria». É também relembrado que, «aos dezoito anos, já executava um baixo-relevo em madeira representando “A Última Ceia”».

A sua primeira exposição, uma mostra colectiva, teve lugar em 1971, na Real Academia da Guarda. A partir daí, começa a colaborar com Luís Rebello, Alberto de Deus Carreto e, mais tarde, com Aníbal Monteiro em iniciativas de promoção das artes plásticas nessa cidade. Pouco depois, parte para San Sebastián, onde concilia o trabalho em embarcações de pesca com a escultura em madeira.

Ao longo dos anos, não só percorreu estaleiros no País Basco, como também viajou por diversas geografias como França, Escócia, Irlanda, Venezuela e países do sudoeste africano, aprofundando as suas técnicas de escultura em pedra e madeira. Defensor da talha direta, cedo se deixou influenciar por estéticas africanas, visíveis na expressividade do seu estilo rústico-cubista.

«Reconhecida na Península Ibérica, a obra de Jerónimo Brigas conquistou uma dimensão universal, alicerçada no domínio técnico da escultura e numa sensibilidade subtil que se revela nos pormenores das suas obras», refere ainda o Museu da Guarda.

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