Terça-feira, 29 Abril, 2025
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Com a construção da Linha Aveiro-Viseu-Vilar Formoso,, a estação da Guarda passara a ser a principal interface 1 ferroviária no interior Centro do país

A construção de uma nova ligação ferroviária entre o Litoral e o Interior Centro, no eixo Aveiro – Viseu – Vilar Formoso, faz parte do Plano Nacional Ferroviário publicado hoje em Diário da República, que determina à Infraestruturas de Portugal (IP) a avaliação de diversos investimentos ferroviários prioritários.
De acordo com esta resolução do Conselho de Ministros, de 10 de Março e hoje publicada no DR, “a construção de uma nova ligação ferroviária entre o Litoral e o Interior Centro, no eixo Aveiro – Viseu – Vilar Formoso, melhorará significativamente a mobilidade entre a Beira Interior e todo o litoral do país”. “Além disso, esta ligação resolve uma das lacunas mais importantes do sistema de transportes nacional, a ausência de acessibilidade ferroviária à cidade de Viseu”, refere o documento, acrescentando que, “finalmente, esta é a ligação que irá permitir serviços de Alta Velocidade entre a regiões Norte e Centro de Portugal ou mesmo de Lisboa a diferentes regiões de Espanha”.
Na resolução pode ler-se ainda que as intervenções em curso na Linha da Beira Alta “reforçam o seu papel como principal acesso das mercadorias de todo o país ao Norte de Espanha e à Europa além-Pirenéus. A Linha da Beira Alta fica, assim, com bastante capacidade disponível para acomodar o aumento do tráfego de mercadorias durante vários anos”.
“Na fase actual de maturidade dos estudos sobre este eixo ferroviário, não é possível detalhar a configuração funcional exacta nem as velocidades de projecto. Ainda assim, para o efeito do planeamento do padrão de serviços e simulação dos tempos de viagem, assume-se a construção de uma Linha de Alta Velocidade (LAV) para uma velocidade de 250 km/h entre Aveiro e Vilar formoso, com uma estação em Viseu, passagem pela Guarda, e com ligações à Linha da Beira Alta perto de Mangualde e de Celorico da Beira”, específica a resolução.
O documento refere também que, “nesta configuração, torna-se possível a construção faseada desta linha sem nunca comprometer a conclusão da linha completa”, adiantando que, “tendo em conta o elevado volume de investimento subjacente à linha completa, seria possível antecipar a construção de uma ligação ferroviária à cidade de Viseu, através de um ramal com origem em Mangualde, que depois formaria parte da futura linha”. Se for assim, o Governo está convicto de que seria possível dividir a linha Aveiro – Vilar Formoso em três fases: “construção do troço Viseu – Mangualde, funcionando inicialmente como um ramal da linha da Beira Alta; construção do troço Aveiro – Viseu, criando um novo itinerário alternativo à Linha da Beira Alta e reduzindo os tempos de viagem; e construção do troço Mangualde – Vilar Formoso, permitindo o desenvolvimento final da ligação a Madrid, colocando o tempo de viagem Porto – Madrid próximo das 3 horas”.
A resolução refere, contudo, que “a solução de ligar Viseu em ramal é assumida aqui como uma situação provisória, já que, ligando essa cidade à rede ferroviária, não permitiria servi-la com um serviço ferroviário competitivo em termos de tempo” e, “além disso, acentuaria a estrutura em árvore da rede, reduzindo a frequência dos comboios que serviriam Viseu a não mais do que 3 ou 4 por dia por sentido”.
Por isso, “a solução mínima que tem um real impacto na mobilidade da região será a construção de nova linha entre Aveiro e Mangualde”.
“Com a construção desta nova linha, os comboios Intercidades deixariam de circular pela Linha da Beira Alta. Para colmatar esta lacuna, pode considerar-se, por exemplo, o prolongamento do serviço Inter-regional Leiria – Coimbra, criado com a LAV Porto – Lisboa, até à Guarda”, refere a resolução do Conselho de Ministros.
Se se vier a concretizar esta nova linha, “a estação da Guarda passará, então, a ser a principal interface ferroviária no interior Centro do país, concentrando as ligações de longo curso através da nova linha Aveiro – Vilar Formoso, os serviços que permanecem na Linha da Beira Alta e as ligações através da Linha da Beira Baixa, em direção à Covilhã ou a Castelo Branco”.

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