Terça-feira, 29 Abril, 2025
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Entrevista ao bispo da Guarda: “O Espírito Santo dá à Igreja, em cada tempo, o Papa que a Igreja precisa”

O bispo da Guarda, José Pereira, transmitiu esta tarde uma mensagem de esperança durante a missa em sufrágio do Papa Francisco. Uma mensagem que evidenciou minutos depois em entrevista ao jornal “Todas as Beiras”. Questionado sobre o futuro, sustenta que “o Espírito Santo dá à Igreja, em cada tempo, o Papa que a Igreja precisa”.

Todas as Beiras – Que apelo faz aos católicos sobre este momento de tristeza? Que tenham calma e esperança no futuro?

Bispo da Guarda, D. José Pereira – Que vivam com sentido de fé. Nós estamos a celebrar a Páscoa, a Ressurreição. E a Ressurreição é a certeza de que não há beco sem saída, nem a morte daqueles que nós admiramos e respeitamos e queremos muito.

E, por isso, o Senhor é que está a guiar a Igreja. O Espírito é que conduz a Igreja. Deu-nos o papa Francisco. Agora, nestes tempos, podemos sempre continuar a aprofundar muito e muito mais os gestos, as palavras, o ministério que ele nos deixou. Dar continuidade aos caminhos que ele abriu e confiar no Papa que o Espírito Santo suscitará por meio do pensamento, da oração, das decisões dos cardeais, que são eleitores que têm a missão de escolher. E depois com o [novo] Papa, numa comunhão de fé, continuarmos a prosseguir os caminhos que o Espírito abriu e continua a abrir.

Todas as Beiras – Espera que seja escolhido um outro Papa também com esta grande dimensão como tinha este?

Bispo da Guarda – Sim. Acho que o Espírito Santo dá à Igreja, em cada tempo, o Papa que a Igreja precisa. E, se nós olharmos para os últimos Papas cada um foi de grande dimensão, com características diferentes, ao encontro das necessidades daquele tempo. O Papa Francisco era o Papa que nós precisávamos para este tempo.

O Papa que há-de vir, acredito, tenho fé, que há-de ser o Papa que nós precisamos para continuar os caminhos abertos, para encontrar outros caminhos para levar por diante aquilo que o Espírito Santo está abrir na Igreja.

Todas as Beiras – Deposita alguma esperança que seja um português?

Bispo da Guarda – Não, isso são os tais palpites que agora é normal que existam.

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