A Comissão Política de Secção da Guarda do PSD veio esta tarde esclarecer, em comunicado, que, pelo menos da parte da estrutura local, «o nome do actual presidente da Câmara da Guarda nunca foi, em momento algum, equacionado ou sequer admitido no seio da estrutura local do PSD como possibilidade de integração em qualquer projecto político-eleitoral promovido pelo Partido». É a reacção às declarações proferidas esta manhã pelo autarca Sérgio Costa (que vai apresentar-se novamente a votos mas desta vez em nome de uma coligação que envolve o “Nós, Cidadãos!” e o PPM), que afirmou que o movimento “Pela Guarda” recebeu o convite das «estruturas nacionais» do PS, do PSD e do Chega para fazer uma coligação, adiantando que os convites foram rejeitados porque «há linhas vermelhas que nunca podem pôr em causa a independência» do movimento».
«Conhecendo bem a pessoa em questão, bem como os seus métodos, atitudes e limitações, o seu afastamento do universo político do PSD constituiu, na verdade, uma bênção. Libertou-nos de uma elevada toxicidade que durante demasiado tempo contaminou o exercício da política local», refere a estrutura local do PSD. E esclarece que «a actual candidatura do PSD à Câmara Municipal da Guarda está devidamente consolidada, liderada pelo Prof. João Prata, uma personalidade reconhecida, credível e comprometida com os valores sociais-democratas e com a elevação que deve pautar o serviço público».
A Comissão Política de Secção do PSD aproveita para colocar algumas questões, uma das quais, que é dirigida aos apoiantes do movimento independente, se «apoiarão agora um movimento que se coliga com partidos políticos» e se o faz «que independência é essa?». «E os ditos “independentes nacionais”, que chegaram a reunir em congresso na Guarda — como olham agora para este espectáculo desastrado? É esta a afirmação da independência que ambicionavam projectar?», perguntam os social-democratas.
«Quanto aos partidos com que agora se coligou — “Nós, Cidadãos!” e o “Partido Popular Monárquico” — como se sentem ao ouvir que todos os candidatos serão do “PG” e que este liderará “todo o processo”? Servem apenas para cumprir formalidades legais? Para emprestar siglas? São, no fundo, meras “barrigas de aluguer” eleitorais?», questiona a concelhia do PSD.
«O PSD está habituado à verdade, à seriedade e ao respeito pela inteligência dos Guardenses. Não pactuamos com falsidades nem com narrativas forjadas para alimentar o ego de quem confunde protagonismo com serviço público», referem ainda os social-democratas.