O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou esta manhã a condenação do ex-eurodeputado do PSD Álvaro Amaro e do actual presidente da Câmara de Gouveia, Luís Tadeu, entre outros arguidos envolvidos no caso das parcerias público-privadas, a penas de prisão suspensas, soube o “TB” junto de fonte ligada ao processo.
De recordar que, no âmbito do processo das parcerias público-privadas (PPP) realizadas pelos municípios de Trancoso, Gouveia (Guarda) e Alcobaça (Leiria), entre 2007 e 2011, o então eurodeputado e ex-autarca de Gouveia e da Guarda, Álvaro Amaro, e o actual presidente do município de Gouveia, Luís Tadeu (na altura vice-presidente), foram condenados por prevaricação de titular de cargo político a três anos e meio de prisão (e não três meses, como inicialmente noticiado), com pena suspensa, condicionada ao pagamento de 25 mil euros, no prazo de um ano.
O tribunal também condenou Júlio Sarmento, ex-presidente da Câmara Municipal de Trancoso, a uma pena única de prisão efectiva de sete anos, pelos crimes de prevaricação de titular de cargo político, corrupção e branqueamento de capitais.
No mesmo processo, o empresário Fernando Gouveia foi condenado a uma pena única de seis anos e seis meses de prisão.
Já o arguido Marco Carreiro, apesar da anomalia psíquica de que padece, foi condenado a cinco anos de prisão, por prevaricação, pena que fica suspensa e condicionada ao pagamento de 25 mil euros.
A arguida Josefina Araújo foi condenada a uma pena suspensa de dois anos e meio de prisão por branqueamento de capitais.
Além do autarca de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, o colectivo de juízes decidiu também absolver a empresa MRG – Engineering & Solutions, S.A. e o arguido Eduardo Nogueira dos crimes de que estavam acusados.
Na sala de audiências do Tribunal da Guarda, onde decorreu a leitura da súmula do acórdão, que durou perto de duas horas, estiveram ausentes os arguidos Júlio Sarmento, Josefina Araújo e Marco Carreiro.
Os nove arguidos foram julgados por suspeita da prática de crimes de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, branqueamento de capitais e participação económica em negócio, entre outros, num esquema de PPP alegadamente lesivo para as contas dos municípios de Trancoso, Alcobaça e Gouveia, entre 2007 e 2011.
Inconformados com o acórdão, os arguidos decidiram interpor recurso para o Tribunal da Relação de Coimbra, que esta manhã confirmou a decisão do Tribunal da Guarda.