O edifício da antiga residência feminina da Fundação Gulbenkian, situada na Rua António Sérgio, na Guarda, que actualmente acolhe o Comando Sub-regional de Emergência e Protecção Civil das Beiras e Serra da Estrela, vai ser reabilitado e ampliado para dar lugar a 78 quartos, distribuídos por quatro pisos, para acolher 120 estudantes do Ensino Superior.
Cerca de dois meses após a aprovação da adjudicação desta obra à empresa “Isidro Pires da Silva Construções”, foi assinado, na tarde da última Terça-feira, o auto de consignação, tendo também sido apresentado o projecto de alteração e ampliação do edifício. A obra, orçada em 4,5 milhões de euros, vai ser financiada em 85% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Está previsto que o piso térreo do edifício fique reservado para zona social, com cozinhas, bibliotecas , espaços de lazer e ginásio. Nos pisos superiores ficarão os quartos duplos e os individuais. A obra só poderá começar quando o Comando Sub-regional for transferido para as antigas instalações da Associação Comercial da Guarda, actualmente ainda em fase de trabalhos de adaptação, e depois de terminada as fases do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR).


A sessão de assinatura do auto de consignação foi aproveitada pelo presidente da Associação de Estudantes dos PALOP’s (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), Didier Baldé, para dizer ao presidente do município, Sérgio Costa, que são necessárias mais alojamento estudantil e «também iniciativas que valorizem os quadros que o Politécnico da Guarda tem vindo a formar».
Em resposta, o autarca afirmou a Câmara tem tido uma preocupação particular para criar novos postos de trabalho. «Aquilo que vou dizer é público e está à vista de todos: nós conseguimos neste mandato ultrapassar os 1.500 postos de trabalho, muitos deles já aconteceram e outros vão acontecer na esfera pública e na esfera privada, com empresas, com serviços públicos e privados que conseguimos captar para a Guarda».
