Segunda-feira, 10 Novembro, 2025
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Médico Fernando Girão defende que devia ser dada centralidade à Guarda ao nível da saúde, juntando Viseu e a Covilhã

O médico Fernando Girão, actual coordenador do Centro de Saúde de Vila Nova de Foz Côa, defendeu esta manhã, durante as comemorações dos 17 anos da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, uma união de esforços entre as ULS da Guarda, Covilhã e Viseu para conseguir ultrapassar as dificuldades. Na sua opinião, aproveitando a proximidade da fronteira e a confluência das duas auto-estradas e das duas linhas férreas, devia também ser dada centralidade à Guarda ao nível da saúde.

Uma homenagem póstuma ao médico António Augusto Barbosa Pires e a inauguração da exposição “Arte sobre rodas”, de Elisabete Ribeiro, marcaram esta manhã as comemorações do 17.° aniversário da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que decorreram no átrio da consulta externa do Hospital Sousa Martins. Na ocasião foi também prestada homenagem, com o descerramento de uma placa, aos elementos do primeiro conselho de administração (CA) daquela estrutura de saúde: Fernando Girão (presidente do CA e director dos Cuidados de Saúde Primários), Adelaide Campos (directora clínica dos Cuidados de Saúde Hospitalares), Vítor Mota (administrador hospitalar), Matilde Cardoso (enfermeira directora) e Eduardo Silva (vogal executivo).

No decorrer das comemorações, Fernando Girão defendeu uma união de esforços entre as ULS da Guarda, Covilhã e Viseu para conseguir ultrapassar as dificuldades. Na sua opinião, aproveitando a proximidade da fronteira e a confluência das duas auto-estradas e das duas linhas férreas, devia também ser dada centralidade à Guarda ao nível da saúde. O médico entende que «as forças vivas e quem de direito» se deviam organizar para constituir uma unidade abrangente, que, exemplificou, poderia ser a “ULS das Beiras”.

Para sustentar aquilo que designou de «ideia», o médico referiu que, no caso da Covilhã, «embora tenha feito das “tripas coração”, não tem capacidade para sustentabilizar a Universidade». Quanto ao Hospital de Viseu, que é um hospital central, , «quando foi criado tinha 650 mil e neste momento tem 450 mil, tendo sido amputado em 200 mil habitantes que passaram para outras zonas, na sequência do processo das NUT’s [Nomenclatura das Unidades Territoriais]». Baseando-se nestes dados, o médico sustenta que «o futuro passa obrigatoriamente para juntar Viseu e Guarda», justificando que «sozinhos não têm qualquer hipótese de futuro».

«Viseu precisa de uma universidade, precisa de massa crítica – os 160.000 habitantes da Guarda – e a Covilhã precisa de um hospital central e de ter mais habitantes para preencher as suas necessidades», evidenciou. Fernando Girão não acredita que «cada um por si, na sua quinta, consigam singrar no futuro», tendo em conta que «são cada vez mais as dificuldades em arranjar pessoal e manter os serviços abertos». Conclui, por isso, que «o futuro passará obrigatoriamente» pela união de esforços entre as três ULS.

ULS Guarda criada em Janeiro de 2008

A ULSG foi criada em 1 de Janeiro de 2008, por integração dos Hospitais de Sousa Martins (Guarda) e de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e dos centros de saúde dos 13 concelhos do distrito da Guarda, com excepção de Aguiar da Beira.

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