O Departamento de Investigação da Guarda da Polícia Judiciária (PJ) deteve, recentemente, um homem e uma mulher, suspeitos da autoria de centenas de crimes de burlas por meio informático e de branqueamento de capitais.
Em comunicado, a PJ adianta que «todas as burlas foram efectuadas através de métodos de engenharia social, sendo os modi operandi muito diversificados, tais como as ditas burlas “Olá pai, Olá mãe”, SMS para pagamento de encomendas e despesas em instituições públicas, burlas através do “Marketplace” com a suposta prestação de serviço de táxi de longo curso, que obrigava a parte do pagamento do serviço que nunca foi prestado».
«Os suspeitos utilizavam, ainda, o “Grindr”, uma aplicação de encontros direccionada à comunidade LGBT, seguido de “sextorsion”. Ou seja, na prática, marcavam encontros online e trocavam fotos de cariz sexual com as vítimas”, refere a PJ, acrescentando que, «posteriormente ameaçavam-nas com a publicação das referidas fotos caso não lhe fosse entregue uma determinada quantia de dinheiro».
As diligências de investigação realizadas pela PJ já permitiram a identificação de cerca de 300 vítimas, espalhadas por todo o país, com 120 queixas crime formalizadas e identificadas.
«Foram, ainda, constituídos arguidos outros elementos que participavam no esquema criminoso, as chamadas “mulas”, cuja actividade já cessou», informa a polícia.
Os dois detidos, maiores de idade, irão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das adequadas medidas de coação. O inquérito é titulado pelo Departamento de Investigação e Accão Penal de Castelo Branco.




